vultos escondidos
segredos nos cantos
beijos nos recantos...
e pensando que nada vejo
espetas-me uma faca
em cada segredo
em cada gracejo...
sinto uma nuvem sombria
uma caixa fechada
um punhal nas costas
a vergonha num olhar...
e pensando que nada sinto
vives num rodopio
numa indiferença
numa vida que não és tu
ouço um silêncio sombrio
sinto a tenção
vejo bilhetes e cortinas fechadas
tudo são fachadas
e pensado que vivo num mundo à parte
deixas que me iludam
fechas a boca
e dizes à tua consciencia que é o melhor...
...mesmo sabendo que é pior